Adaptação hedónica
conceito psicológico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A adaptação hedónica (hedonic treadmill, hedonic adaptation) é a tendência observada nos humanos para regressar rapidamente a um nível relativamente estável de felicidade apesar da ocorrência de importantes acontecimentos positivos ou negativos ou de mudanças de vida.[1] De acordo com esta teoria, à medida que uma pessoa ganha mais dinheiro, as suas expectativas e desejos aumentam em consonância, do que resulta não haver qualquer ganho permanente em felicidade. Philip Brickman e D. T. Campbell fixaram o termo no seu ensaio Hedonic Relativism and Planning the Good Society (1971).[2] No final dos anos 1990s, o conceito foi modificado pelo psicólogo britânico Michael Eysenck para passar ser a actual teoria da passadeira rolante hedónica que compara a procura da felicidade por uma pessoa a ela andar numa passadeira rolante, ou seja, tem de continuar a andar apenas para ficar no mesmo sítio. O conceito vem desde a antiguidade, desde pensadores como Santo Agostinho, que foi citado por Robert Burton na sua obra Anatomy of Melancholy de 1621: ""O desejo não tem descanso" é um ditado verdadeiro, pois é infinito em si mesmo, não tem fim e, como se usa dizer, é uma nora a rodar sem parar."[3]
O ponto de equilíbrio (ou fixo) de felicidade (ou hedónico, hedonic ou happiness set point, em inglês) tem merecido interesse no campo da psicologia positiva, em que tem sido sucessivamente desenvolvido e revisto.[4] Dado que a adaptação hedónica geralmente demonstra que a felicidade de longo prazo de uma pessoa não é significativamente afetada por acontecimentos que são de outro modo influentes, a psicologia positiva tem-se preocupado na descoberta de coisas que podem levar a alterações duradouras dos níveis de felicidade.