Assassinato de Spencer Perceval
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O assassinato de Spencer Perceval, primeiro-ministro do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, ocorreu às 17h15min de 11 de maio de 1812, uma segunda-feira. Perceval morreu após ser baleado no saguão da Câmara dos Comuns, em Londres. Seu assassino era John Bellingham, um comerciante de Liverpool que mantinha reclamações contra o governo. Bellingham foi detido e, quatro dias após o assassinato, foi julgado, condenado e sentenciado à morte. Uma semana depois, foi enforcado na Prisão de Newgate.
Perceval liderava o governo conservador desde 1809, durante uma fase crítica das Guerras Napoleônicas. Sua determinação em defender a guerra usando as medidas mais severas causou pobreza generalizada e agitação no país; desta forma, a notícia de sua morte foi motivo de regozijo nas partes mais afetadas. Apesar dos temores iniciais de que o assassinato pudesse estar ligado a uma revolta geral, verificou-se que Bellingham havia agido sozinho, protestando contra o tratamento que recebeu do governo alguns anos antes, quando foi preso na Rússia devido a uma dívida comercial. A falta de remorso de Bellingham e a aparente certeza de que sua ação era justificada levantaram questões sobre sua sanidade, mas em seu julgamento ele foi considerado legalmente responsável por suas ações.
Após a morte de Perceval, o Parlamento estabeleceu uma generosa pensão para sua viúva e filhos, também aprovando a construção de monumentos para homenageá-lo. Além disso, seu ministério foi logo esquecido, suas políticas revertidas, e Perceval é geralmente mais conhecido pelo modo de sua morte do que por quaisquer de suas conquistas. Posteriormente, historiadores caracterizaram o julgamento e a execução apressados de Bellingham como contrários aos princípios da justiça. A possibilidade de que ele estava agindo como parte de uma conspiração, em nome de um consórcio de comerciantes de Liverpool hostil às políticas econômicas de Perceval, foi o tema de um estudo de 2012.