Referendo da União Soviética de 1991
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O Referendo da União Soviética foi uma votação popular histórica acerca do futuro do Estado soviético. A votação foi realizada em nove das quinze repúblicas que faziam parte da união, e em todas elas, o resultado foi categoricamente a favor da preservação do país como uma Federação renovada. As demais nações, Armênia, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia e Moldávia, não participaram por conta de um boicote por parte das autoridades, mas ainda assim, a participação foi de 80% da população soviética da época. As regiões da Abecásia, Ossétia do Sul, Transnístria e Gagaúzia, driblaram o boicote e fizeram questão de votar. Esse foi o único referendo de toda a história da URSS.[1][2][3][4][5][6]
A questão do referendo era a seguinte:
- Você considera indispensável a manutenção da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas como uma Federação renovada de repúblicas iguais e soberanas na qual, sob quaisquer circunstâncias, os direitos e liberdade do cidadão de qualquer nacionalidade serão totalmente garantidos?[7]
As respostas possíveis eram Sim e Não.
O referendo confirmou o desejo popular de manter a União Soviética. Contudo, diante das crises, o presidente soviético, Mikhail Gorbatchov, perdia cada vez mais apoio, enquanto o líder da oposição liberal, Boris Iéltsin, articulava um golpe para derrubar o presidente. Em dezembro de 1991, Iéltsin se reúne com os chefes da oposição das demais repúblicas que compunham a URSS, e assina o Pacto de Belaveja, que garantia a independência às nações integrantes e dava fim ao Estado soviético, contrariando o referendo, o que rendeu diversas críticas a Iéltsin e seus aliados.[8] O referendo, portanto, teve apenas uma função simbólica, e foi utilizado por Gorbatchov, em seu discurso de renúncia, para criticar o modo como foi conduzido o processo de dissolução da União Soviética.[9]