Roberto II de França
político francês / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Roberto II (Orleães, 27 de março de 972 – Melun, 20 de julho de 1031), também chamado de Roberto, o Piedoso ou Roberto, o Sábio, foi o Rei dos Francos de 996 até sua morte. Era filho de Hugo Capeto e Adelaide da Aquitânia, sendo o segundo monarca da dinastia capetiana. Reinou de 996 a 1031 e é, portanto, um dos governantes do ano mil.
Roberto II | |
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Rei dos Francos | |
Reinado | 24 de outubro de 996 a 20 de julho de 1031 |
Coroação | 25 de dezembro de 987 |
Predecessor(a) | Hugo |
Sucessor(a) | Henrique I |
Nascimento | 972 |
Orleães, França | |
Morte | 20 de julho de 1031 (59 anos) |
Melun, França | |
Sepultado em | Basílica de Saint-Denis, Saint-Denis, França |
Esposas | Rosália de Ivrea Berta da Borgonha Constança de Arles |
Descendência | Gisela de França Alice de França Hugo de França Henrique I de França Adela de França Roberto I, Duque da Borgonha |
Casa | Capeto |
Pai | Hugo Capeto |
Mãe | Adelaide da Aquitânia |
Religião | Catolicismo |
Associado ao trono desde 987, ele assistiu o seu pai sobre questões militares (com o cerco de Laon por duas vezes, em 988 e 991). Sua sólida formação, acessorada por Gerberto de Aurillac (o futuro Papa Silvestre II), em Reims, permitiu-lhe se ocupar das questões religiosas, em que ele rapidamente se tornava o garante (ele dirigiu o Concílio de Verzy em 991 e o de Chelles em 994). Dando continuidade à obra política de seu pai, depois de 996, ele consegue manter a aliança com a Normandia e Anjou e conter as ambições de Odão II de Blois.
Às custas de uma longa luta iniciada em abril de 1003, ele conquistou o Ducado de Borgonha, que deveria lhe ser devolvido em herança à morte sem descendentes diretos, de seu tio Henrique I de Borgonha, mas que este o havia transmitido ao seu enteado Otão-Guilherme.
Os problemas conjugais de Roberto, o Piedoso com Rosália de Itália e Berta da Borgonha (que lhe valeram uma ameaça de excomunhão), e depois a má reputação de Constança de Arles, contrastavam estranhamente com a aura piedosa, no limite de santidade, que estava disposto a lhe prestar o seu biógrafo Helgaudo de Fleury em A vida do Rei Roberto, o Piedoso (Epitoma vitae regis Roberti pii). Sua vida é então apresentado como um modelo a seguir, fez inúmeras doações piedosas para diferentes ordens religiosos, de caridade para os pobres e, especialmente, os gestos considerados sagrados, como a cura de alguns leprosos: Roberto é o primeiro governante considerado como taumaturgo. O fim de seu reinado mostra a relativa fraqueza do soberano que deveria de fazer frente à revolta de sua esposa Constança de Arles e depois às de seus próprios filhos (Henrique e Roberto) entre 1025 e 1031.