Óbolo de Caronte
Prática greco-romana de colocar uma moeda dentro ou sobre a boca / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Óbolo de Caronte é um termo alusivo para uma moeda colocada em ou sobre a boca de um defunto antes de seu sepultamento. As fontes literárias gregas e romanas especificam a moeda como um óbolo, e explicam-no como um pagamento para Caronte, o barqueiro que conduzia as almas através do rio que dividia o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Exemplos arqueológicos destas moedas, de várias denominações na prática, tem sido chamados "os mais famosos bens mortuários da Antiguidade".[1]
O costume é primariamente associado com os antigos gregos e romanos, embora é também encontrado no Antigo Oriente Próximo. Na Europa Ocidental, um uso similar de moedas em enterros ocorre em regiões habitadas por celtas e as culturas galo-romanos, hispano-romanos e romano-britânicas e entre os germânicos da Antiguidade Tardia e o começo da era cristã, com exemplos esporádicos no começo do século XX.
Embora a arqueologia tenha demostrado que o mito reflete um costume real, a colocação de moedas com o morto não era nem difundida nem confinado a uma única moeda na boca do falecido.[2][3] Em muitos túmulos, tabuletas de folhas de metal inscritos ou exonúmios tomaram o lugar da moeda, ou cruzes de folhas de ouro no começo da era cristã. A presença de moedas ou um tesouro escondido em barcos funerários germânicos sugerem um conceito análogo.
A frase "óbolo de Caronte" como utilizada pelos arqueólogos às vezes pode ser entendida como referência a um rito religioso particular, mas frequentemente serve como um tipo de taquigrafia para cunhagem abreviada para cunhagem como bens mortuários presumidos para promover a passagem do falecido à vida após a morte.[1] No latim, óbolo de Caronte às vezes chama-se viático, ou "sustento para a jornada"; a colocação da moeda sobre a boca também tem sido explicada como um selo para proteger a alma do morto ou evitar seu retorno.