Centros Integrados de Educação Pública
Projeto de construção de escolas integrais no Rio de Janeiro feito pelo ex-governador Leonel Brizola / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), popularmente apelidados de Brizolões, foram um projeto educacional de autoria do antropólogo Darcy Ribeiro, que os considerava "uma revolução na educação pública do País".[1] Implantado inicialmente no estado do Rio de Janeiro, no Brasil, ao longo dos dois governos de Leonel Brizola (1983 – 1987 e 1991– 1994), tinha como objetivo oferecer ensino público de qualidade em período integral aos alunos da rede estadual.[2]
Centros Integrados de Educação Pública | |
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CIEPs | |
CIEP Nelson Rodrigues, em Nova Iguaçu | |
Informação | |
Apelido | Brizolão |
Localização | Rio de Janeiro, Brasil |
Tipo de instituição | Centros educacionais de tempo integral |
Fundador | Leonel Brizola (na condição de governador do estado do Rio de Janeiro) Darcy Ribeiro (na condição de vice-governador do estado do Rio de Janeiro) |
Patrono(a) | Darcy Ribeiro (antropólogo) |
Lema | Uma revolução na educação pública do país |
Comandante | Secretaria de Educação do Rio de Janeiro |
Projeto Arquitetônico | Oscar Niemeyer |
Brizola preocupava-se com a educação pública, sendo a proposta principal dos CIEPs proporcionar uma educação integral, voltada para a formação do aluno em todas as áreas e dimensões, não estando reduzida apenas à ideia do horário integral. Inclusive, foi por influência da política dos CIEPs que o ensino integral "entrou permanentemente na agenda das políticas educacionais do país, principalmente por sua importância para a formação social do sujeito pleno, amenizando desigualdades sociais, apoiando em diversos aspectos as comunidades nas quais estavam inseridos, e participando de um contexto mais amplo de segurança social, inserido nas políticas de direitos humanos e de segurança pública" de seu governo.[3]
O horário das aulas estendia-se das 8 às 17 horas, oferecendo, além do currículo regular, atividades culturais, estudos dirigidos e educação física. Os CIEPs forneciam refeições completas a seus alunos, além de atendimento médico e odontológico. A capacidade média de cada unidade era de mil alunos.[4]
O projeto oferecia refeições desde a chegada da criança para o primeiro turno até a saída, quando havia o jantar. Quando encerrava o período letivo ou havia as férias de meio de ano, havia atividades recreativas para que as crianças pudessem continuar a frequentar o CIEP e obter acesso aos recursos, como as salas de leitura e as refeições. Os materiais didáticos eram entregues às crianças, como cadernos, lápis e borracha e em cada turno havia uma professora.
O projeto objetivava, adicionalmente, tirar crianças carentes das ruas, oferecendo-lhes os chamados "pais sociais"ː funcionários públicos que, residentes nos CIEPs, cuidavam de crianças também ali residentes.