Transmissão continuamente variável
Sistema de transmissão automotiva / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Transmissão continuamente variável (em inglês: continuously variable transmission, CVT) é um tipo de transmissão que simula uma quantidade infinita de relações de marcha, uma vez que funciona com um sistema de duas polias de tamanhos diferentes interligadas por uma correia metálica de alta resistência,[1] em vez de engrenagens com determinados tamanhos. O conceito do CVT foi idealizado por Leonardo da Vinci em 1490, contudo a primeira patente do sistema foi registrada 1886.
É usado principalmente em pequenos veículos como motocicletas, jet skis, karts, snowmobiles e carros de golfe, tem vindo a ser incorporado a veículos maiores como carros de passeio e pickups, é também considerado um tipo de câmbio automático, apesar de seu funcionamento ser diferente.
Nos carros, além da aceleração contínua, sem trancos, o que dá a impressão de que o carro nunca troca de marchas, o sistema CVT, proporciona economia de combustível em relação a todos os outros sistemas anteriores. Sejam sistemas automáticos ou manuais. [1]
Para entender-se o que é a transmissão CVT é preciso entender o propósito de uma embreagem e um CVT. Uma embreagem basicamente desconecta e liga o motor do resto do trem de força (powertrain) (caixa de câmbio e diferencial) de um veículo. E possui um funcionamento crítico porque o motor ainda está funcionando enquanto o carro está parado.
O CVT, por outro lado, é um tipo de sistema de transmissão. O CVT usa principalmente um tipo de embreagem centrífuga. Ele mantém o CVT desvinculado do motor, a menos que dêmos um leve tranco. Desta forma, podemos ligar o motor e ainda estar parados. Tomando o exemplo de uma scooter, depois de ligar a ignição não nos movemos, mas conforme damos uma leve acelerada começamos a nos mover.
É possível também notar que enquanto em movimento, se soltarmos o acelerador, o veículo se moverá livremente. Isso acontece porque a embreagem centrífuga faz com que o CVT engate no motor somente após uma certa RPM ser dada a ele pelo motor, sem aceleração a RPM do motor não é suficiente para a embreagem ligá-lo ao CVT.
Chegando à construção, uma embreagem centrífuga possui tambores/pesos na extremidade da mola e o rolamento. As molas impedem que os pesos se movam, mas quando a força centrífuga é maior do que esta força da mola, os pesos se movem, fazendo com que o CVT se encaixe no motor. Quando esta força centrífuga cai abaixo do valor limite, o CVT e o motor são desengatados. Lembrando que a força centrífuga depende da rpm do motor, portanto, à medida se acelera, está dando mais rpm ao motor e aumentando a força centrífuga, causando o engate do motor e do CVT. É comum dizer que não há embreagem em veículos que usam CVT (o exemplo mais comum é qualquer scooter) mas na realidade existe uma embreagem que não precisamos operar manualmente, é chamada de embreagem centrífuga.[2]