Cerimónia do Fogo Novo
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A cerimónia do Fogo Novo (em náuatle xiuhmolpilli - a União dos Anos) era uma cerimónia asteca executada uma vez em cada 52 anos - um ciclo completo do calendário asteca - de forma a impedir o fim do mundo.
A primeira cerimónia asteca do Fogo Novo descrita em fontes etno-históricas data de 1090, segundo o mapa de Sigüenza, mas existem evidências de cerimónias do Fogo Novo terem sido celebradas em civilizações anteriores aos astecas, por exemplo em Xochicalco, no século VI. Segundo Bernardino de Sahagún, a última cerimónia do Fogo Novo foi efectuada em 1507; a tradição terminou com a conquista do México pelos espanhóis em 1519-1521.
O facto de as cerimónias do Fogo Novo serem celebradas antes da ascensão asteca, sugere que os astecas herdaram a cerimónia de anteriores civilizações do México Central, não se tratando assim de uma invenção original dos astecas.[1] Os Anales de Tlatelolco mencionam que os astecas, após obterem a independência do estado tepaneca, celebraram uma cerimónia do Fogo Novo que marcou o início da contagem calendárica dos astecas. Tal sugere que a cerimónia era também usada como um ritual de fundação dinástica.[2]