Fortaleza de Humaitá
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A Fortaleza de Humaitá conhecida metaforicamente como Gibraltar da América do Sul, era uma instalação militar paraguaia próxima à foz do rio Paraguai. O estratégico local era sem igual na região, "uma fortaleza de que nunca tinha sido visto na América do Sul", era "a chave para o Paraguai e os rios superiores". Desempenhou um papel crucial no conflito mais mortal da história do continente - a Guerra do Paraguai - da qual foi o principal teatro de operações.
O local era uma curva acentuada em forma de ferradura no rio; praticamente todas as embarcações que desejassem entrar na República do Paraguai - e de fato seguir adiante até a província brasileira de Mato Grosso - foram obrigadas a navegá-la. A curva era comandada por uma linha de baterias de artilharia de 1,8 km (6 000 pés), no final da qual havia uma barreira de corrente que, quando levantada, detinha o transporte sob os canhões. O canal navegável tinha apenas 200 metros de largura e era facilmente acessível à artilharia. A fortaleza era protegida de ataques em seu lado terrestre por pântano impenetrável ou, onde faltava, terraplenagens defensivas que, em sua maior extensão, compreendiam um sistema de trincheiras estendendo-se por 8 milhas lineares (13 km), tinha uma guarnição de 18 000 homens e disparou 120 canhões. Em seu apogeu, Humaitá era considerada intransitável para a navegação inimiga.
A percepção generalizada que criou em seu apogeu - de que o Paraguai era um país difícil de invadir - pode ter induzido seu Marechal-Presidente Francisco Solano López a assumir riscos desnecessários na política externa e, em particular, a apreender embarcações do governo e províncias do país mais populoso Brasil e Argentina e enviar exércitos para invadi-los e Uruguai. Eles se uniram contra ele no Tratado da Tríplice Aliança. A guerra levou à total derrota e ruína de seu país e as baixas foram imensas.
Um propósito declarado do Tratado da Tríplice Aliança era a demolição das fortificações Humaitá e que nenhuma outra desse tipo fosse construída novamente. No entanto, a fortaleza, embora não invulnerável aos mais recentes navios de guerra blindados, era um sério obstáculo aos planos dos Aliados de seguir rio acima para a capital paraguaia, Assunção e recapturar o território brasileiro de Mato Grosso: atrasou-os por dois e meio anos. Foi tirada no Cerco de Humaitá (1868), depois arrasada nos termos do Tratado.
Para os atuais paraguaios, o Humaitá é um símbolo de orgulho nacional, representando a obstinada vontade de resistência de seu país.