João Curcuas (general)
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João Curcuas (em grego: Ἰωάννης Κουρκούας; romaniz.:Ioánnes Kourkoúas; fl. c. 915–946) foi um dos generais mais notórios do Império Bizantino. As suas vitórias em batalhas contra os estados muçulmanos do Oriente inverteram definitivamente o curso das guerras bizantino-árabes que se prolongavam há séculos, e marcaram o início da chamada "Era das Conquistas" bizantinas do século X. Ele era membro da família Curcuas, de origem arménia, à qual pertenceram diversos generais bizantinos notáveis. Como comandante de um dos regimentos da guarda imperial, Curcuas era um dos principais apoiantes do imperador Romano I Lecapeno (r. 920–944), que ajudou a ascender ao trono.
João Curcuas Ἰωάννης Κουρκούας • Ioánnes Kourkoúas | |
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Nascimento | antes de 900 Doceia |
Morte | depois de 946 |
Nacionalidade | Império Bizantino |
Ocupação | general |
Título | doméstico das escolas |
Religião | cristianismo |
Durante o século IX, o Império Bizantino tinha recuperado gradualmente o seu poder e estabilidade interna, enquanto que o Califado tinha vindo a enfraquecer e fraturar-se. Em 923, João Curcuas foi nomeado comandante em chefe dos exército bizantinos estacionados ao longo da fronteira oriental, face ao Califado Abássida e aos emirados muçulmanos fronteiriços semi-autónomos. Manteve este posto por mais de vinte anos, supervisionando sucessos militares decisivos para os bizantinos e alterando o equilíbrio estratégico da região. Sob a sua liderança, os exércitos bizantinos entraram profundamente nos territórios muçulmanos pela primeira vez em quase 200 anos, expandindo as fronteiras do império. Os emirados de Melitene e Calícala foram conquistados, estendendo o controlo bizantino ao Alto Eufrates e à Arménia Ocidental. Os restantes príncipes ibérios e da Arménia tornaram-se vassalos dos bizantinos.
Curcuas também desempenhou um papel importante na derrota de uma grande expedição rus em 941 e recuperou o Mandílio de Edessa, uma relíquia sagrada que se acreditava representar a face de Jesus Cristo. João Curcuas foi demitido em 944 em resultado de intrigas dos filhos de Romano Lecapeno, mas voltou a ter a confiança imperial com Constantino VII Porfirogénito (r. 913–959), do qual foi embaixador em 946. Desconhece-se o que lhe aconteceu depois disso.