Conflito curdo-iraniano
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O separatismo curdo no Irã[6] ou conflito curdo-iraniano [7][8] é uma disputa contínua[1][3][6][9] de longa duração entre a oposição separatista curda no oeste do Irã e os governos do Irã,[6] persistindo desde a emergência do Xá Reza Pahlavi em 1918. [1]
Este artigo ou se(c)ção trata de um conflito armado recente ou em curso. |
Conflito curdo-iraniano | |||
---|---|---|---|
Combatentes curdos iranianos. | |||
Data | 1918–presente[1] [2] (fase principal 1943[3][4]-1996/presente[3]) | ||
Local | Curdistão iraniano | ||
Desfecho | em andamento
| ||
Beligerantes | |||
| |||
Comandantes | |||
| |||
As primeiras atividades separatistas dos curdos nos tempos modernos referem-se as revoltas tribais na atual província do Azerbaijão Ocidental do Estado Imperial do Irã, impelidas entre as duas guerras mundiais - a maior destas seriam lideradas por Simko Shikak, Jafar Sultan e Hama Rashid. Muitas, no entanto, dariam o ponto inicial ao separatismo político-nacionalista organizado pelos curdos a 1943, [3] quando o Komalah e pouco tempo depois o Partido Democrático do Curdistão Iraniano (KDPI) começariam suas atividades políticas no Irã, com o objetivo de ganhar o autogoverno parcial ou completo nas regiões curdas. A transformação da luta política tribal para curda no Irã ocorreu na sequência da Segunda Guerra Mundial, com a ousada tentativa separatista do Partido Democrático do Curdistão Iraniano de estabelecer a República de Mahabad durante a crise iraniana de 1946. [3] A tentativa, apoiada pelos soviéticos, de estabelecer um Estado curdo na região ocidental do Irã fracassou. [3][10] Mais de uma década depois, insurreições tribais periféricas [3], empreendidas com o apoio do KDPI durante os anos 1966-1967, nas regiões curdas sofreram um duro golpe. No episódio mais violento do conflito, mais de 30.000 curdos morreram na rebelião de 1979 e consequentemente na insurgência do KDPI. [11] Embora a luta armada do KDPI encerrasse no final de 1996, uma outra organização armada curda surgiria no Irã no início dos anos 2000. A insurreição liderada pelo Partido por uma Vida Livre no Curdistão (PJAK) no oeste do Irã foi iniciada em 2004 e está em curso até hoje. [12]
O governo do Irã nunca utilizou o mesmo nível de brutalidade contra os seus curdos como fez a Turquia ou o Iraque, mas sempre foi implacável contra qualquer sugestão de separatismo curdo. [13] Ao contrário de outros países do Oriente Médio com populações curdas, há fortes laços etnolinguísticos e culturais entre os curdos e os persas enquanto povos iranianos. [13] De acordo com Kreyenbroek, muitos curdos no Irã têm demonstrado falta de interesse no nacionalismo curdo [13], especialmente os curdos xiitas, que até mesmo rejeitam energicamente a ideia de autonomia, preferindo o governo direto de Teerã. [13][14] A identidade nacional iraniana é questionada principalmente nas regiões periféricas dos curdos sunitas. [15]