Diabetes mellitus tipo 1
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Diabetes mellitus tipo 1 é uma forma de diabetes mellitus em que o corpo não produz insulina em quantidade suficiente, devido a um processo inflamatório autoimune,[4] o que resulta em excesso de glicose no sangue.[2] Os sintomas clássicos são micção frequente, sede excessiva, fome excessiva e perda de peso.[4] Entre outros possíveis sintomas estão visão enevoada, fadiga e feridas que não cicatrizam corretamente.[3] Os sintomas geralmente manifestam-se após um curto período de tempo.[2]
Diabetes do tipo 1 | |
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Círculo azul, símbolo universal da diabetes.[1] | |
Sinónimos | Diabetes insulino-dependente,[2] diabetes juvenil[3] |
Especialidade | Endocrinologia |
Sintomas | Micção frequente, sede excessiva, fome excessiva, perda de peso[4] |
Complicações | Cetoacidose diabética, coma hiperosmolar hiperglicémico, feridas que não cicatrizam, doenças cardiovasculares, retinopatia diabética[4][5][3] |
Início habitual | Relativamente rápido[2] |
Causas | Falta de insulina[4] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, doença celíaca[5][6] |
Método de diagnóstico | Níveis de glicose no sangue, hemoglobina glicosilada[5][7] |
Prevenção | Desconhece-se[4] |
Tratamento | Insulina, dieta diabética, exercício físico[3][2] |
Frequência | ~7.5% dos casos de diabetes[8] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E10 |
CID-9 | 250.x1, 250.x3 |
CID-11 | 1651053999 |
OMIM | 222100 |
DiseasesDB | 3649 |
MedlinePlus | 000305 |
eMedicine | med/546 |
MeSH | D003922 |
Leia o aviso médico |
Desconhece-se a causa da diabetes de tipo 1.[4] No entanto, acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos e ambientais.[2] Entre os fatores de risco estão antecedentes familiares da doença.[5] O mecanismo subjacente envolve uma destruição autoimune das células beta que produzem insulina no pâncreas.[3] O diagnóstico de diabetes é feito com a avaliação da quantidade de glicose ou hemoglobina glicosilada no sangue.[5][7] A diabetes do tipo 1 distingue-se da do tipo 2 pela presença de autoanticorpos.[5]
Não existe forma de prevenir a diabetes do tipo 1.[4] Para sobreviver, é necessário tratamento com insulina.[2] A insulinoterapia é geralmente realizada com uma injeção subcutânea, embora possa também ser realizada com uma bomba de insulina.[9] Seguir uma dieta diabética e praticar exercício físico com regularidade são uma parte essencial do tratamento.[3] Caso não seja tratada, a diabetes pode resultar em várias complicações.[4] Entre as complicações a relativamente curto prazo estão a cetoacidose diabética e o coma hiperosmolar hiperglicémico.[5] Entre as complicações a longo prazo estão doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, doença renal crónica, pé diabético e retinopatia diabética.[4] Podem ainda ocorrer complicações derivadas da pouca quantidade de glicose no sangue devido uma dose excessiva de insulina.[5]
Estima-se que a diabetes do tipo 1 seja responsável por 5 a 10% de todos os casos de diabetes.[8] Desconhece-se o número de pessoas afetadas em todo o mundo, embora se estime que em cada ano cerca de 80 000 crianças desenvolvam a doença.[5][5][10] A prevalência da doença varia significativamente, desde aproximadamente 1 novo caso por 100 000 pessoas por ano na Ásia Oriental e na América Latina, até cerca de 30 novos casos por 100 000 pessoas por ano na Escandinávia e no Kuwait.[11][12] Geralmente a doença manifesta-se durante a infância ou no início da idade adulta.[2]