Escola da Ponte
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A Escola Básica da Ponte ou Escola da Ponte - Escola Básica Integrada de Aves/São Tomé de Negrelos, popularmente referida apenas como Escola da Ponte, é uma instituição pública de ensino, localizada em Vila das Aves[1] e São Tomé de Negrelos,[2] em Santo Tirso, no distrito do Porto, em Portugal, que proporciona aprendizagens a alunos do 1.º e 2.º Ciclo, dos 5 aos 14 anos, entre o 1.º e o 9.º ano,[3] cujo método de ensino se baseia nas chamadas Escolas democráticas e numa educação inclusiva. Assim como será igualmente a primeira escola, no contexto histórico mundial, a exercer a chamada educação integral.[4]
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Escola Básica da Ponte | |
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Informação | |
Localização | São Tomé de Negrelos |
Coordenadas | N41° 20.971' W8° 24.274' |
Abertura | 07:35 |
Fechamento | 18:00 |
Página oficial | |
http://www.escoladaponte.pt/ http://escolabasicadaponte.pt/ |
É a instituição de ensino que Rubem Alves se refere, em 2001, descrevendo-a no seu livro "A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir".[5]
Faz parte integrante do chamado Movimento da Escola Moderna (MEM) alicerçado nas ideias pedagógicas do francês Célestin Freinet,[6] e em 2002 era considerado, pelo presidente do referido movimento em Portugal, o único exemplo acabado dos seus princípios que são "uma escola democrática, para todos, em que se dá protagonismo ao aluno".[7] Assim como segue igualmente muito do pensamento apresentado pelo brasileiro Paulo Freire.
Integra o "Projeto Fazer a Ponte" que defende, desde sempre, a promoção da autonomia e da consciência cívica dos alunos, privilegiando o seu progressivo envolvimento nas tarefas e na responsabilidade de gestão da escola. O estreito envolvimento da comunidade educativa na tomada de decisões, nomeadamente, na organização da escola e nos processos de aprendizagem, reforça a ideia de que a democraticidade e o respeito pelos interesses dos alunos sobre os demais intervenientes da ação educativa são princípios fulcrais deste projeto.[8]
Hoje é um marco pedagógico de diferenciação do modelo de escola corrente, dito “tradicional” ou "convencional", e esta diferença é estudada, admirada e está a ser parcialmente adoptada um pouco por todo o Mundo, com especial destaque no Brasil.[9][10][11]
Inserida no sistema público de ensino português, apesar da excelência comprovada por todas as inspecções e estudos, mesmo a nível mundial, o seu método de ensino tardou em ser aprovado e reconhecido pelo Ministério da Educação. Durante muito tempo, a escola da Ponte foi "ignorada" pelas autoridades, depois passou ser considerada por todas as instituições públicas nacionais como uma "referência" para um novo sistema de ensino que privilegie a Cidadania.[12]
Este projecto surge em 1976 e foi liderado pelo pedagogo José Pacheco que entretanto, por sentir que estava num processo de conclusão e por o Ministério da Educação não ter permitido prosseguir a escola até ao 12.º ano, deixou-o entregue à gestão da própria comunidade local, conta com uma assembleia de estudantes, associação de pais,[13] uma comunidade organizada e outras tantas acções e programas que culturalmente mantêm seu funcionamento,[14] eliminando a função corrente de conselho directivo escolar.
No ano letivo 2015/16 tem apenas 230 alunos do pré-escolar ao 9.º ano.
O número de exames realizados não é muito expressivo, mas a posição da escola nos rankings das escola portuguesas oscila entre o lugar 214 no 4.º ano e o 1147 no 9.º ano. Os alunos são preparados para os exames tendo aulas mais tradicionais.[15]