Câncer colorretal
tipo de cancro que surge nas porções do cólon ou reto do intestino grosso / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Cancro colorretal (português europeu) ou câncer colorretal (português brasileiro) é o desenvolvimento de cancro no cólon ou no reto, dois segmentos do intestino grosso.[5] A doença tem origem no crescimento anormal de células com a capacidade de invadir ou de se espalhar para outras partes do corpo.[9] Os sinais e sintomas podem incluir sangue nas fezes, alterações nos movimentos intestinais, perda de peso e sensação constante de fadiga.[1]
Cancro colorretal | |
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Ilustração do trato digestivo inferior | |
Especialidade | Oncologia |
Sintomas | Sangramento gastrointestinal inferior, episódios constantes de diarreia ou prisão de ventre, evacuação dolorosa, gases, afinamento das fezes, desconforto gástrico, sensação de constipação intestinal, sangue nas fezes, grande perda de peso e fadiga constante. [1] |
Causas | Idade avançada, estilo de vida sedentário e condições genéticas herdadas. [2][3] |
Fatores de risco | Dieta rica em açúcares e gorduras, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e ausência de exercícios físicos. [2] |
Método de diagnóstico | Biópsia durante uma sigmoidoscopia ou colonoscopia[1] |
Prevenção | Rastreio entre os 50 e 75 anos[4] |
Tratamento | Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia dirigida. [5] |
Prognóstico | Taxa de sobrevivência a 5 anos: 65% (EUA)[6] |
Frequência | 9,4 milhões (2015)[7] |
Mortes | 832 000 (2015)[8] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C18-C20/C21 |
CID-9 | 153.0-154.1 |
CID-ICD-O | M8140/3 (95% cos casos) |
CID-11 | 774170412 |
OMIM | 114500 |
DiseasesDB | 2975 |
MedlinePlus | 000262 |
eMedicine | med/413 med/1994 ped/3037 |
Leia o aviso médico |
A maior parte dos cancros do cólon e do reto devem-se à idade avançada e a fatores de risco relacionados com o estilo de vida. Apenas um pequeno número de casos é que está associado a distúrbios genéticos.[2][3] Entre os fatores de risco estão uma dieta inadequada, obesidade, fumar e ausência de exercício físico.[2][3] Os fatores dietéticos que aumentam o risco incluem o consumo de carne vermelha, carne processada e bebidas alcoólicas.[2] Outro fator de risco é a presença de doenças inflamatórias intestinais, que incluem doença de Crohn e colite ulcerativa.[2] Alguns dos distúrbios genéticos hereditários que causam cancro colorretal incluem polipose adenomatosa familiar e cancro colorretal hereditário sem polipose. No entanto, estes correspondem a apenas 5% dos casos.[2][3] O cancro geralmente tem início com um tumor beningno, muitas vezes na forma de um pólipo, que com o tempo se torna canceroso.[2]
O diagnóstico de cancro colorretal pode ser confirmado pela recolha e de uma amostra do cólon através de sigmoidoscopia ou colonoscopia. Durante uma colonoscopia, geralmente são removidos os pequenos pólipos que forem encontrados. Quando é encontrado um pólipo grande ou um tumor, a biópsia permite confirmar se é canceroso.[1] Posteriormente são realizados exames imagiológicos para determinar se a doença se espalhou.[5] O rastreio é eficaz na prevenção e na diminuição da mortalidade por cancro colorretal.[4] O rastreio de rotina é recomendado dos 50 até aos 75 anos de idade.[4] A aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroides diminuem o risco de cancro colorretal.[2][10] No entanto, a sua utilização para este efeito não é recomendada devido aos efeitos adversos.[11]
Os tratamentos para o cancro do cólon e do reto podem incluir alguma combinação de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia dirigida.[5] Os cancros que se encontram restritos à parede do cólon podem ser curáveis com cirurgia. No entanto, os cancros que já se espalharam para outras partes do corpo geralmente não são curáveis, focando-se o tratamento na melhoria da qualidade de vida e alívio dos sintomas.[5] A taxa de sobrevivência média a cinco anos nos Estados Unidos é de 65%.[12] No entanto, a sobrevivência depende de quão avançada está a doença, se o cancro pode ou não ser removido com cirurgia e da condição geral de saúde da pessoa.[1] Em todo o mundo, o cancro colorretal é o terceiro tipo mais comum de cancro, correspondendo a cerca de 10% de todos os casos.[13] Em 2012 ocorreram 1,4 milhões de novos casos e 694 000 mortes pela doença.[13] É mais comum em países desenvolvidos, onde ocorrem 65% dos casos.[2] É mais comum em homens do que em mulheres.[2]