Cartola (compositor)
cantor, compositor e sambista brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Angenor de Oliveira, mais conhecido por Cartola OMC (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 – Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980), foi um cantor, compositor, poeta e violonista brasileiro. É considerado por diversos músicos e críticos musicais como o maior sambista da história da música brasileira. Tendo como seus principais sucessos as músicas As Rosas não Falam, O Mundo É um Moinho e Alvorada. Ajudou na fundação da agremiação Mangueira.[1]
Cartola OMC | |
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Cartola em setembro de 1977 | |
Informação geral | |
Nome completo | Angenor de Oliveira |
Também conhecido(a) como | Cartola Divino Poeta das Rosas |
Nascimento | 11 de outubro de 1908 |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, DF Brasil |
Origem | Morro da Mangueira |
Morte | 30 de novembro de 1980 (72 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro, RJ Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | samba |
Ocupação(ões) | Cantor, compositor |
Instrumento(s) | voz, violão |
Período em atividade | 1927–1980 |
Gravadora(s) | Discos Marcus Pereira RCA Victor |
Afiliação(ões) | Mangueira, Zicartola, Carlos Cachaça, Dona Zica, Noel Rosa, Oswaldo Martins, Roberto Nascimento, Nuno Veloso, Hermínio Bello de Carvalho, Nelson Cavaquinho, Élton Medeiros, Elizeth Cardoso, Odete Amaral, Dalmo Castello, Eliana Pittman, Marcus Pereira, Sérgio Cabral, Francisco Alves, Vinícius de Moraes, Creusa Cartola, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Mário Reis, Sílvio Caldas, Candeia |
Cartola passou a infância no bairro de Laranjeiras (Rio de Janeiro). Na infância conheceu a música e o samba, aprendendo violão com o pai.[2] Com dificuldades financeiras sua numerosa família foi obrigada a mudar para o Morro da Mangueira, a nascente favela,[3] onde fez amizade com Carlos Cachaça e outros bambas, além de se iniciar no mundo da boemia, da malandragem e do samba.[3] Após a morte de sua mãe abandonou os estudos — terminou apenas o primário.[2] Virou servente de obra e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".[3]
Junto com amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira.[1] Ele compôs também o primeiro samba para a escola de samba,[2] "Chega de Demanda". Suas composições se popularizaram na década de 1930 nas vozes ilustres de: Araci de Almeida; Carmen Miranda; Francisco Alves;[1][3][4] Mário Reis, e; Sílvio Caldas.[3][4] Mas como cantor apenas produziu o primeiro disco na década de 1970 (seis anos antes de falecer).[1]
Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos-solo,[1] e sua carreira tomou um novo impulso com clássicos instantâneos como: "As Rosas não Falam"; "O Mundo É um Moinho"; "Acontece"; "O Sol Nascerá" (com Elton Medeiros); "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça); "Cordas de Aço"; "Alvorada", e; "Alegria". No final da década de 1970, mudou-se para o bairro Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 1980.[3]