Chicungunha
doença infecciosa tropical transmitida por mosquitos e causada pelo vírus chicungunha / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A doença pelo vírus Chicungunha (ou simplesmente chicungunha)[5] é uma infeção causada pelo vírus Chicungunha (CHIKV).[3] Os sintomas mais comuns são febre e dor nas articulações.[2] Os sintomas geralmente começam-se a manifestar de dois a doze dias após a exposição ao vírus.[3] Entre outros possíveis sintomas estão dores de cabeça, dores musculares, inflamação das articulações e erupções cutâneas.[2] Os sintomas geralmente melhoram no prazo de uma semana, embora em alguns casos a dor nas articulações se possa prolongar durante meses ou anos.[2][6] As crianças mais novas, idosos e pessoas com outros problemas de saúde estão em maior risco de desenvolver formas graves da doença.[2]
Doença por vírus Chicungunha | |
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Erupções cutâneas causadas por chikungunya | |
Sinónimos | Chikungunya, doença por vírus chikungunya, febre chikungunya, catolotolo[1] |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Febre, dor nas articulações[2] |
Complicações | Dor crónica nas articulações[2] |
Início habitual | 2 a 12 dias após exposição[3] |
Duração | Geralmente inferior a uma semana[2] |
Causas | Vírus Chikungunya (CHIKV) transmitido por mosquitos[3] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue para deteção de anticorpos ou ARN do vírus[3] |
Condições semelhantes | Dengue, febre por vírus zica[3] |
Prevenção | Medidas de controlo dos mosquitos, evitar a picada[4] |
Tratamento | Cuidados de apoio[3] |
Prognóstico | Risco de morte ~ 1 em 1 000[4] |
Frequência | > 1 milhão (2014)[3] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A92 |
CID-11 | 900389391 |
DiseasesDB | 32213 |
MeSH | D018354 |
Leia o aviso médico |
O vírus é transmitido entre pessoas pela picada de duas espécies de mosquito: Aedes albopictus e Aedes aegypti.[3] Os mosquitos picam sobretudo durante o dia.[7] O vírus pode ainda circular entre uma série de outros animais, incluindo aves e roedores.[3] O diagnóstico é realizado com análises ao sangue para deteção do ARN do vírus ou presença de anticorpos.[3] Os sintomas são semelhantes aos da dengue e da febre por vírus zica.[3] Acredita-se que após a primeira infeção a maioria das pessoas se torne imune à doença.[2]
A melhor forma de prevenção são medidas para controlar o mosquito e evitar as picadas em regiões onde a doença é comum.[4] As medidas de controlo mais comuns consistem em diminuir o acesso dos mosquitos a reservatórios de água e no uso de repelente de insetos e redes mosquiteiras.[3] À data de 2016 não existia vacina nem tratamento específico.[3] Entre as medidas recomendadas estão o repouso no leito, ingestão de líquidos e medicamentos para diminuir a febre e as dores nas articulações.[2][3]
Embora a maior parte dos casos da doença ocorra em África e na Ásia, desde o ano 2000 que já foram registados surtos na Europa e na América.[3] Em 2014 ocorreram mais de um milhão de casos suspeitos.[3] A risco de morte é de cerca de 1 em 1000.[4] A doença foi identificada pela primeira vez em 1952 na Tanzânia.[3] O nome deriva da língua maconde e significa "contorcer-se".[3]