Confederação do Equador
movimento separatista ocorrido no nordeste do Brasil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Confederação do Equador foi um movimento revolucionário de caráter republicano e separatista que eclodiu no dia 2 de julho de 1824 em Pernambuco, alastrando-se para outras províncias do Nordeste do Brasil.[2][3]
Confederação do Equador | |
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Exército Imperial do Brasil, sob comando do almirante[1] britânico Thomas Cochrane, ataca as forças confederadas no Recife. | |
Participantes | Frei Caneca Manoel de Carvalho João Guilherme Ratcliff João Metrowich José de Barros Falcão de Lacerda Padre Mororó James Heide Rodgers Agostinho Cavalcanti Nicolau Martins Pereira Joaquim da Silva Loureiro Antônio do Monte Francisco Antônio Fragoso Padre Caldas João de Araújo Chaves Entre outros |
Localização | Províncias de Pernambuco, Ceará, Piauí e Paraíba |
Data | 2 de julho a 29 de novembro de 1824 |
Representou a principal reação contra a tendência monarquista e a política centralizadora do governo de Dom Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 1824, a primeira Constituição do país. O imperador, mesmo após a Independência do Brasil, permanecia atrelado aos interesses da Coroa Portuguesa, e mostrava-se simpático a uma proposta, feita pelo seu pai Dom João VI, de recriar o Reino Unido com base em fórmula que concederia ao Brasil uma ampla autonomia, porque assim preservaria seus direitos ao trono português. A fórmula, contudo, era vista por muitos pernambucanos como uma tentativa de recolonização.[3] O movimento é considerado um desdobramento da Revolução Pernambucana de 1817.[3]
Para derrotar os revolucionários, Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou tropas no exterior, que seguiram para o Recife sob o comando de Thomas Cochrane. A repressão foi a mais violenta na história do império brasileiro: 31 revoltosos foram condenados à morte — sendo que 9 não foram executados porque conseguiram fugir —, centenas foram presos e muitos morreram em combate.[2] Ainda em retaliação, o imperador desmembrou a Comarca do Rio de São Francisco do território pernambucano (sete anos antes, Dom João VI havia desligado de Pernambuco a Comarca das Alagoas como punição pela Revolução Pernambucana).[4]