Geórgia
país no Cáucaso / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Geórgia (em georgiano: საქართველო, transl Sak'art'velo, pronunciado: [sɑkʰɑrtʰvɛlɔ] (escutarⓘ)) é um país da Europa Oriental.[5][6] Limita-se com a Rússia a norte e a leste, a sul com a Turquia e a Arménia, a leste e a sul com o Azerbaijão e a oeste com o mar Negro.[7] Sua capital é Tiblíssi, que também é sua maior cidade. O país é uma república unitária, semipresidencial, com o governo eleito através de uma democracia representativa.
Geórgia საქართველო Sak'art'velo | |||||
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Lema: ძალა ერთობაშია "A Força está na União." | |||||
Hino nacional: "თავისუფლება" "Liberdade" | |||||
Gentílico: Georgiano, geórgico[1] | |||||
Localização da Geórgia (em verde escuro) Regiões de facto independes mas não reconhecidas - Abecásia e Ossétia do Sul (em verde claro) | |||||
Capital | Tiblíssi 41º43'N 44º47'E | ||||
Cidade mais populosa | Tiblíssi | ||||
Língua oficial | Georgiano1 | ||||
Governo | República parlamentarista | ||||
• Presidente | Salome Zurabishvili | ||||
• Primeiro-ministro | Irakli Kobakhidze | ||||
Formação | |||||
• Formação dos reinos georgianos da Cólquida e da Ibéria | 2 000 a.C. | ||||
• Unificação do Reino da Geórgia | 1008 | ||||
• República Democrática da Geórgia | 26 de maio de 1918 | ||||
• Independência da União Soviética | 9 de abril de 1991 | ||||
• Reconhecida | 25 de dezembro de 1991 | ||||
Área | |||||
• Total | 69 700 km² (121.º) | ||||
• Água (%) | 4,56% | ||||
Fronteira | Rússia, Azerbaijão, Armênia, Turquia e Mar Negro | ||||
População | |||||
• Estimativa para 2022[2] | 3 688 647 hab. (123.º) | ||||
• Densidade | 65,1 hab./km² (128.º) | ||||
PIB (base PPC) | Estimativa de 2017 | ||||
• Total | US$ 39,3 bilhões[3] (114.º) | ||||
• Per capita | US$ 9500 (104.º) | ||||
IDH (2021) | 0,802 (63.º) – muito alto[4] | ||||
Moeda | Lari (GEL ) | ||||
Fuso horário | (UTC+4) | ||||
Cód. ISO | GEO | ||||
Cód. Internet | .ge | ||||
Cód. telef. | +995 | ||||
Website governamental | www.gov.ge | ||||
1. O abecásio também é falado na República Autônoma da Abecásia. |
A Geórgia é atualmente um membro do Conselho da Europa, da Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e do Eurocontrol. A nação também aspira aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à União Europeia (UE). A Geórgia apresentou o seu pedido de adesão à UE em março de 2022, tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato em dezembro de 2023.[8]
Durante a era clássica, reinos independentes estabeleceram-se no que hoje é a Geórgia. Os reinos da Cólquida e Ibéria, cujas orientações religiosas vinham do paganismo georgiano com posterior influência zoroastriana, adotaram o cristianismo no início do século IV. O Reino da Geórgia atingiu o auge de sua força política e econômica durante o reinado de Davi IV e Tamara I, nos séculos XI e XII. No início do século XIX, a Geórgia foi anexada pelo Império Russo.[9] Depois de um breve período de independência, após a Revolução Russa de 1917, a Geórgia foi ocupada pela União Soviética em 1921, tornando-se a República Socialista Soviética Geórgia e parte da União Soviética. Após a independência, em 1991, a Geórgia pós-socialista sofria de distúrbios civis e de crise econômica na maior parte do século XX. Isso durou até a Revolução Rosa de 2003, depois que o novo governo introduziu reformas democráticas e econômicas.[10]
Seu relevo se caracteriza por regiões muito montanhosas, abrigando a maior cordilheira do Cáucaso que serve como limite de fronteira com a Rússia. Na parte norte, há vários pontos que ultrapassam os 4 000 metros de altitude, no que é conhecido como Grande Cáucaso. A Geórgia possui uma cultura bastante peculiar, sendo o único Estado no mundo a ter a língua georgiana como oficial, a principal entre as cartevélicas. Os georgianos, etnicamente, não se encaixam em nenhuma das etnias predominantes da Europa ou Ásia, e eram chamados na Antiguidade de colcos ou iberos.[11][12] A maior parte da população é adepta ao cristianismo ortodoxo, o qual é representado pela Igreja Ortodoxa Georgiana.[13]
Possui duas regiões independentes de facto, a Abecásia e a Ossétia do Sul, que obtiveram reconhecimento internacional limitado após a Guerra Russo-Georgiana. O Estado, e grande parte da comunidade internacional, considera as regiões como parte integrante de seu território soberano, sob ocupação militar russa.