Giovanni Silva de Oliveira
futebolista brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Giovanni Silva de Oliveira, ou simplesmente Giovanni (Belém, 4 de fevereiro de 1972), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como meia-atacante.
Giovanni em 1998 pela Seleção Brasileira | ||
Informações pessoais | ||
---|---|---|
Nome completo | Giovanni Silva de Oliveira | |
Data de nascimento | 4 de fevereiro de 1972 (52 anos) | |
Local de nascimento | Belém,[1] Pará, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,90 m [2] | |
Pé | destro | |
Apelido | G10, G10vanni, Messias, Mago | |
Informações profissionais | ||
Período em atividade | 1992–2010 (18 anos) | |
Clube atual | aposentado | |
Posição | meia-atacante | |
Clubes de juventude | ||
1989–1992 |
Remo Jaderlândia Tok Disco Palmeiras de Abaetetuba Tuna Luso | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1992–1994 1993 1993 1994 1994 1994 1995–1996 1996–1999 1999–2005 2005–2006 2006 2007 2009 2010 |
Tuna Luso → Vitória de Guimarães (emp.) → Remo (emp.) → Paysandu (emp.) → Sãocarlense (emp.) → Santos (emp.) Santos Barcelona Olympiacos Santos Al-Hilal Ethnikos Mogi Mirim Santos |
? (27) ? (0) ? (5) ? (1) ? (2) ? (3) ? (65) 137 (44) ? (101) ? (4) ? (2) ? (3) ? (1) ? (1) |
Seleção nacional | ||
1995–1999 | Brasil | 00020 0000(6) |
Meia-atacante de estilo clássico e elegante, dono de grande domínio de bola, passes bons e rápidos, dribles[3] e finalização precisa, Giovanni viveu fases extraordinárias na carreira ao mesmo tempo em que sofria críticas quanto a suposta "lentidão" em campo. Embora não jogasse em uma posição propriamente goleadora, também demonstrou dotes de artilheiro, como no Campeonato Paulista de 1996, onde foi quem mais marcou gols (24 gols). Chegou a ser artilheiro também de uma edição do campeonato grego, pelo Olympiacos, um dos clubes em que foi um grande ídolo e onde passara a se posicionar de forma mais ofensiva.[4]
Defendia que "futebol precisa ter um tempero especial, não é só feijão com arroz. Tem que ser ousado, tem que tentar, mesmo que perca o lance". Ademir da Guia, também famoso pela "falsa lentidão", declarou que "ele pode não parecer veloz, mas sempre chega na hora certa e engana o adversário. É um craque e ainda sabe fazer gol", e outro paraense, Sócrates, assinalou que Giovanni jogava "solto, voltado para o gol, tem um passe excepcional e uma visão de jogo sem igual", visão esta amplificada por sua posição ereta e cabeça erguida. Como ele, Giovanni era alto mas com pé pequeno, que no meio do futebol traz convicção de um jogador bastante técnico.[5]
A movimentação aparentemente lenta eram provocada pelo comprimento longo dos seus passos, permitindo-lhe cobrir uma grande distância com poucas passadas. Giovanni, que sabia usar seu tamanho incomum para proteger-se de roubadas de bola inclusive obstruindo-a da visão dos adversários, aproveitava a sensação que causava de "ser sonso" para driblá-los colocando-lhes a bola entre as pernas quando eles esticavam uma delas para tentar tirarem-na dele.[5]
Giovanni consagrou-se nacionalmente a partir de 1995, com um repertório de dribles, passes, chutes e um domínio de bola no peito (popularmente chamado de "matada") que, segundo Rivellino, lembrava Pelé,[6] abrindo bem os braços, que lhe deixavam com 1,90 metros de envergadura.[5] Foi eleito o melhor jogador do Brasileirão daquele ano, em que chegou também à seleção brasileira. Foi apelidado de "Messias", originou uma torcida organizada chamada de "Testemunhas de Giovanni",[6] significando o orgulho de uma torcida que se encontrava ferida há vários anos e que via nele a esperança de dias melhores.[7] Considerado por anos o maior craque santista desde o tempo do próprio Pelé,[8]um ano depois transferiu-se ao Barcelona,[6] onde também teve destaque,[4] sobretudo em El Clásico com o Real Madrid e em outros dérbis;[9] à altura de 2022, era na principal rivalidade espanhola o atacante brasileiro com maior número de vitórias (cinco), segundo com maior quantidade de gols (também cinco) e segundo melhor aproveitamento (63%).[10]
Vice-campeão mundial com o Brasil na Copa do Mundo FIFA de 1998,[1] ele também está entre os jogadores que defenderam os três grandes clubes do seu Estado natal do Pará: Tuna Luso, Remo e Paysandu.[6] Inclusive, marcou um dos gols do último clássico Re-Pa realizado na primeira divisão do Brasileirão, em 1993.[11][12][13]