Golpe de Estado no Paraguai em 1989
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O golpe de Estado no Paraguai em 1989 ocorreu durante os dias 2 e 3 de fevereiro de 1989, onde um grupo de militares liderados pelo general Andrés Rodríguez se rebelaram contra o então presidente Alfredo Stroessner.[1]
Golpe de Estado no Paraguai em 1989 | |||
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Guerra Fria | |||
Data | 02 de fevereiro de 1989 – 03 de fevereiro de 1989 | ||
Local | Assunção, Paraguai | ||
Desfecho | Vitória decisiva do Primeiro Corpo do Exército.
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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A derrubada do presidente e general Alfredo Stroessner, marcou o fim do mais longo governo autoritário da história independente do Paraguai e um dos mais longos do mundo, com 34 anos, 5 meses e 19 dias. Os acontecimentos estão ligados com o resultado da operação militar conduzida no verão de 1989, foi produto dos mesmos órgãos que naquela época sustentavam o regime autoritário: o Partido Colorado, que era o partido governante, como as Forças Armadas.
O general Andrés Rodríguez era um dos homens mais poderosos do Paraguai e um dos quais o ditador tinha mais confiança, ao ponto que em pleno golpe de estado se recusar a acreditar que Rodriguez estava liderando a rebelião. Além de ser seu consogro, uma vez que havia um laço familiar pelo casamento de sua filha Mirta Rodríguez com Alfredo Stroessner Mora, filho do presidente Stroessner.[2]
Rodriguez aboliu a pena de morte, removeu a lei marcial que regia por mais de 30 anos sem interrupção, legalizou os partidos da oposição e prendeu Stroessner (e alguns membros do seu governo), porém alguns dias depois, na convicção de que seria mais problemático de sua permanência no Paraguai, ele foi enviado ao exílio em Brasília, no Brasil.[3] Para a surpresa de todos os setores políticos e sociais, inclusive de seu próprio partido, que o associavam ao seu sogro e sócio comercial (o ditador deposto) e acreditavam que seria apenas uma mudança de lado, Rodriguez governou poucos meses com pulso firme, apenas para cumprir sua promessa de convocar eleições. Assim, menos de três meses depois do golpe, convocou as eleições gerais livres em 1 de maio de 1989. Nestas, ocorridas com a participação de todos os partidos já legalizados, o Partido Colorado, que o indicou como candidato venceu com 77% dos votos.[4]
O golpe foi apoiado pelo governo dos Estados Unidos, bem como vários outros setores populares opositores do regime de Stroessner, e até mesmo a Igreja Católica.[2]