José Rodrigues (escultor)
escultor português / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
José Joaquim Rodrigues (Luanda, 28 de outubro de 1936 – Porto, 10 de setembro de 2016) foi um artista plástico português [1][2]. José Rodrigues nasceu em Luanda mas viveu uma parte da sua infância em Alfândega da Fé, uma pequena aldeia transmontana em Portugal. Tinha 25 anos quando regressou a Angola, convocado para combater na Guerra Colonial Portuguesa.
José Rodrigues | |
---|---|
José Rodrigues em 2006 | |
Nome completo | José Joaquim Rodrigues |
Nascimento | 28 de outubro de 1936 Luanda, Angola |
Morte | 10 de setembro de 2016 (79 anos) Porto, Portugal |
Nacionalidade | português |
Ocupação | Escultor, desenhador e gravador |
Realizou os seus estudos artísticos na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde concluiu o curso de Escultura, em 1963. Este é também o ano em que ajuda a fundar a Cooperativa Árvore Cooperativa Cultural Árvore,[3] no Porto, uma fundação privada na cidade do Porto, com o objetivo de promover um novo modelo de ensino artístico, em arquitetura e belas-artes, capaz de romper com o academismo vigente, mais livre e colaborativo. Será presidente desta instituição por trinta anos. A par desta atividade foi professor de Escultura na ESBAP até 1998.
Com Armando Alves, Ângelo de Sousa e Jorge Pinheiro constituiu, em 1968, o grupo Os Quatro Vintes, todos artistas que irão marcar a introdução das vanguardas em Portugal a partir dos anos 1960[4]. Este coletivo de artistas, que existiu até 1972, foi formado pela coincidência dos vinte valores dos seus membros no final do curso na Escola de Belas-Artes do Porto, e contribuiu de forma decisiva para um entendimento da arte contemporânea que se fazia em Portugal, a par do que se experimentava então no resto do mundo ocidental[5]. Em 1973, José Rodrigues expôs na Bienal de S. Paulo, no Brasil.
O seu trabalho é multidisciplinar, alia à escultura áreas como a gravura, a medalhística, a cerâmica, a ilustração e a cenografia. De entre vários autores portugueses, ilustrou livros de Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, Albano Martins e Vasco Graça Moura[6]. Outra vertente do seu trabalho é a arte sacra, no âmbito da qual realizou uma série de "Cristos"[7]
Foi um dos promotores da Bienal de Vila Nova de Cerveira,em 1978, em conjunto com Jaime Isidoro (1924-2009) e Henrique Silva (n. 1933), na vila onde também viveu, e onde criou ainda a Escola Profissional de Ofícios Artísticos.[8]
A 9 de junho de 1994, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[9]