Marquês de Abrantes
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Marquês de Abrantes é um título nobiliárquico criado por D. João V por Decreto de 24 de Junho de 1718 a favor de D. Rodrigo Anes de Sá Almeida e Meneses, 3.° Marquês de Fontes e 7.° Conde de Penaguião, embaixador extraordinário junto do Papa Clemente XI entre 1712 e 1718. Três dos magníficos coches da embaixada a Roma de 1716 que chefiou encontram-se hoje no Museu dos Coches em Lisboa.
Marquês de Abrantes | |
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Criação | D. João V 24 de Junho de 1718 |
Ordem | Grande do Reino |
Honras | Honras de Parente |
Tipo | juro e herdade |
1.º Titular | D. Rodrigo Anes de Sá Almeida e Meneses, 3.º Marquês de Fontes |
Linhagem | Sá e Meneses Lancastre e Távora (1780) |
Títulos Subsidiários | Conde de Vila Nova de Portimão (1504) Conde de Penaguião (1583) |
Actual Titular | D. José de Lencastre e Távora, 11.º Marquês de Abrantes |
Solar | Palácio dos Marqueses de Abrantes (Embaixada de França), Lisboa |
Ao regressar de Roma em 1718 e perante o sucesso obtido junto do Papa, nomeadamente com a elevação de Lisboa a Sé Patriarcal em 1716, foi o Marquês de Fontes agraciado, por comutação, com o título de Marquês de Abrantes, de juro e herdade e com Honras de Parente, com tratamento de sobrinho.
Pela mesma Carta de D. João V de 1718 que extinguiu o título de Marquês de Fontes e criou o Marquesado de Abrantes, ficou estipulado que o antigo título de Conde de Penaguião, outrora usado pelos herdeiros dos Marqueses de Fontes, passaria a ser atribuído ao herdeiro do Marquês de Abrantes.
Os títulos e a linhagem foram descritos por, entre outros, António Caetano de Sousa nas Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal (1755).[1] Anselmo Braamcamp Freire, no Vol. II dos seus Brasões da Sala de Sintra, nomeadamente no Cap. XVI. sobre os Almeidas, descreve mais detalhadamente as origens da Casa de Abrantes, desde o Conde de Abrantes do século XV aos Marqueses de Abrantes.[2]
Os Marqueses de Fontes e os primeiros 4 Marqueses de Abrantes, com varonia Sá e Meneses, usaram no brasão armas plenas de Sá. Em 1780 a Casa de Abrantes foi herdada pela dos Condes de Vila Nova de Portimão, com varonia Lencastre e Távora, passando as armas associadas ao título de Marquês de Abrantes a ser plenas de Lencastre. O título subsidiário a ser usado pelo herdeiro dos Marqueses de Abrantes passou desde então a ser o de Conde de Vila Nova de Portimão.[3] Mais tarde os Marqueses passaram a usar armas esquarteladas de Lencastre e Távora, em homenagem a estas duas linhagens.