Militia Templi
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A Militia Templi (Português: Milícia do Templo), também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo (Latim: Christi Pauperum Militum Ordo), é uma associação privada de fiéis católicos, fundada em 1979 e canonicamente erigida conforme os cânones 298, 299, 312, 321, 322 e 323 do Código de Direito Canônico de 1983.
Militia Templi | |
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Brasão da Milícia | |
Lema | "Não para nós, Senhor, mas para a glória do teu Nome Non nobis, Domine, non nobis, sed Nomini tuo da gloriam" |
Tipo | Congregação de Fiéis Católicos Romanos |
Fundação | 1979 (45 anos) |
Estado legal | Ativa |
Propósito | Suporte aos peregrinos; a preservação, o uso e a divulgação da "forma extraordinária do rito romano"; além de apoio moral e material do próximo, em particular dos cristãos na Terra Santa; e a promoção da educação dos jovens, segundo o método do Movimento Escoteiro Católico. |
Sede | Poggibonsi, Itália |
Membros | cerca de 1.500 |
Línguas oficiais | Italiano e latim |
Filiação | Igreja Católica |
Grão-Mestre | Marcello Alberto Cristofani della Magione |
Fundador(a) | Marcello Alberto Cristofani della Magione |
Sítio oficial | https://www.ordo-militiae-templi.org/ |
A congregação tem como carisma a preservação, o uso e a divulgação da "forma extraordinária do rito romano" como "rito próprio" da congregação, como uma ferramenta válida para resistir à agressão que a mentalidade contemporânea continuamente traz contra a religião e a moralidade por meio do ateísmo, modernismo e do agnosticismo.
Considera este carisma como a concretização perfeita dos fins estatutários (cf. Constituições, art. 3, § 1º), que identifica um dos objetivos particulares da Militia no “cuidado da Liturgia, segundo a Tradição e o Magistério”, bem como encontra sua força na espiritualidade de São Bernardo de Claraval e, em particular em seu "Liber ad milites templi de laude novæ militiæ" e o tratado "De Præbeto et Dispensatione". Deste modo, tem por finalidades o cuidado da liturgia e oração diária ao Ofício Divino, o estudo aprofundado da espiritualidade e da cultura da cavalaria cristã, o atendimento aos peregrinos através da construção de “pellegrinai” (albergue para peregrinos) e demais instalações, bem como o apoio moral e material do próximo, em particular dos cristãos na Terra Santa e a promoção da educação dos jovens, segundo o método do Movimento Escoteiro Católico.[1] [2]
A Militia Templi, portanto, confirma seu compromisso com a defesa e manutenção da tradição litúrgica tridentina como uma riqueza da Igreja, segundo o ensinamento constante do Magistério e de acordo com a vontade expressa várias vezes por São João Paulo II (cf. Carta Apostólica “Dominicæ Cenæ” de 24 de fevereiro de 1980, Motu Proprio “Ecclesia Dei adflicta” de 2 de julho de 1988, discurso ao Plenário da Congregação para o Culto Divino de 28 de setembro de 2001) e pelo Papa Bento XVI em seu Motu Proprio “Summorum Pontificum” de 7 de julho de 2007.[3]
Esta ordem religiosa de direito pontifício está anexada ao motu proprio Ecclesia Dei de 1988, por manter a celebração da liturgia segundo a forma tridentina do rito romano. A congregação está, portanto, sob a autoridade da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei que supervisiona as comunidades tradicionalistas que permaneceram fiéis a Roma. [1][4][5]
A Militia Templi mantém a Fundação Jacques de Molay,[6] para obras templárias e caritativas; a Academia São João,[7] promotora de estudos e pesquisas sobre a Ordem do Templo e sobre as demais ordens militares; a Editora La Magione,[8] responsável pelas publicações da Militia Templi (Boletim, revista, anuário, breviário, etc.) e dos órgãos pertencentes à ela; e o Grupo Escoteiro de Val d'Elsa "Alberto d'Albertis",[9] integrado ao Movimento Escoteiro Católico.[10]
Em 13 setembro de 1989, o papa João Paulo II, por meio da Penitenciária Apostólica da Santa Sé, concedeu in perpetuum uma série de indulgências plenárias para os feitos mais distintos da vida dos cavaleiros, demais membros da Militia Templi e para os fiéis que visitam a Igreja Magistral.[11]
Na Hungria, as atividades da Militia Templi foram aprovadas pela Conferência Nacional dos Bispos da Húngria em 8 de setembro de 1999.[12]
A nova Constituição da Militia Templi foi promulgada em 24 de junho de 2015 pelo Arcebispo de Siena.
Em 2020, as atividades da Militia Templi foram reconhecidas pela Conferência Episcopal Espanhola. [13]