Miocardite
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Miocardite ou cardiopatia inflamatória é a inflamação do músculo cardíaco.[1] Os sintomas mais comuns são falta de ar, dor torácica, diminuição da capacidade física e arritmias cardíacas.[1] A duração da doença pode variar de horas a meses.[1] Entre as possíveis complicações estão insuficiência cardíaca devido a cardiomiopatia dilatada ou parada cardíaca.[1]
A maior parte dos casos de miocardite tem origem em infeções virais.[1] Entre outras possíveis causas estão infeções bacterianas, alguns medicamentos, toxinas e doenças autoimunes.[1][2] Os meios de diagnóstico incluem electrocardiograma, aumento dos valores de troponina, ressonância magnética cardíaca e, em alguns casos, biópsia ao coração.[1][2] Um ecocardiograma do coração permite descartar outras potenciais causas, como valvulopatias.[2]
O tratamento depende da gravidade e da causa subjacente.[1][2] Em grande parte dos casos são administrados medicamentos como inibidores da enzima de conversão da angiotensina, betabloqueadores ou diuréticos.[1][2] Geralmente recomenda-se que não seja feito esforço físico durante o recobro.[1][2] Em alguns casos pode se útil a administração de corticosteroides ou terapia de imunoglobulina.[1][2] Nos casos mais graves podem ser recomendados um cardioversor desfibrilhador implantável ou um transplante de coração.[1][2]
Em 2013 ocorreram em todo o mundo cerca de 1,5 milhões de casos de miocardite aguda.[5] Embora a doença possa afetar pessoas de todas as idades, é mais comum entre os jovens.[6] É ligeiramente mais comum entre homens do que entre mulheres.[1] A maior parte dos casos são ligeiros.[2] Em 2015, as cardiomiopatias, nas quais se inclui a miocardite, foram a causa de 354 000 mortes, um aumento em relação às 294 000 em 1990.[7][8] As primeiras descrições da doença datam de meados do século XIX.[9]