Papagaio-das-mascarenhas
espécie de pássaro extinta de Reunião / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Papagaio-das-mascarenhas (nome científico: Mascarinus mascarin) é uma espécie extinta de papagaio que era endêmica de Reunião, uma das ilhas Mascarenhas. É o único membro do gênero Mascarinus, termo que faz referência ao arquipélago onde habitava. Sua origem evolutiva não está clara, e duas hipóteses têm competido desde meados do século XIX. Alguns cientistas classificam a espécie na subfamília Coracopsinae (de origem africana) devido a sua plumagem escura, já outros acham que descende de aves asiáticas por causa do bico vermelho, uma característica dos Psittaculinae.
Papagaio-das-mascarenhas | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Extinta (1834) (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Mascarinus mascarin (Lineu, 1771) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Endêmico da ilha da Reunião (em destaque) | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Lista
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A ave media 35 centímetros de comprimento e possuía um grande bico vermelho e uma área de pele nua, também vermelha, ao redor dos olhos e narinas. Sua cabeça tinha uma máscara facial preta e aveludada. A coloração do corpo, asas e cabeça é controversa. Descrições de papagaios vivos indicam que sua plumagem era cinza, e que a cauda era composta por 12 penas escuras com a base branca, exceto as duas penas medianas, que não tinham esse detalhe na base. Em contraste, as descrições baseadas em espécimes empalhados afirmam que o corpo era marrom e a cabeça azulada, mas não mencionam que as penas centrais da cauda eram completamente escuras. Esta divergência pode ser devido à mudança de cor dos exemplares empalhados, como resultado do envelhecimento e exposição à luz. Muito pouco se sabe sobre o comportamento da ave em vida.
O papagaio-das-mascarenhas foi mencionado pela primeira vez em 1674, e indivíduos vivos foram posteriormente levados à Europa, onde viveram em cativeiro. A espécie foi descrita cientificamente em 1771 pelo famoso naturalista Carlos Lineu. A data e a causa da extinção do papagaio não estão claras. A última menção da ave foi escrita em 1834, e apesar de aceita pela Lista Vermelha da IUCN, é considerada duvidosa por alguns especialistas. É provável que a espécie se extinguiu em cativeiro antes de 1800, e pode ter desaparecido na natureza ainda mais cedo. Apenas dois espécimes empalhados existem hoje, um no Museu de História Natural de Paris, e o outro no Naturhistorisches Museum, em Viena.