Patrocínio na Roma Antiga
forma de relacionamento específica na antiga sociedade romana entre o patrono e seus clientes / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Patrocínio ou clientela é uma forma de relacionamento específica na antiga sociedade romana entre o patrono (em latim: patronus; pl.: patroni) e seus clientes (em latim: cliens; pl.: clientes). A relação era hierárquica, mas as obrigações eram mútuas. O patrono era o protetor, o patrocinador e o benfeitor dos clientes, uma proteção chamada tecnicamente de patrocínio (em latim: patrocinium).[1] Apesar de o cliente tipicamente ser de uma classe social inferior,[2] patrono e clientes podiam ter o mesmo status, mas o primeiro seria mais rico, mais poderoso ou deter maior prestígio, o que garantia sua capacidade de ajudar ou favorecer seus clientes. Do imperador no topo até um líder municipal no fundo, os laços entre estes grupos eram expressados formalmente na definição legal das responsabilidades dos patronos em relação aos seus clientes.[3]
Entre os benefícios que um patrono poderia conferir estavam a representação legal numa corte, empréstimos, influência em acordos comerciais ou casamentos e o apoio às candidaturas do cliente a cargos políticos ou sacerdotais. Em troca, esperava-se do cliente que oferecesse seus serviços sempre que o patrono precisasse. Um liberto podia tornar-se cliente de seu antigo mestre. Uma relação de patrocínio também poderia existir entre um general e seus soldados, um fundador e seus colonos ou um conquistador e uma comunidade estrangeira dependente.[4]