Roberto Mangabeira Unger
Filósofo e Teórico Brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Roberto Mangabeira Unger (Rio de Janeiro, 24 de março de 1947[1]) é um filósofo e teórico social brasileiro. É professor da Universidade Harvard e por duas vezes foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil.[2] Sua obra de filosofia, teoria social e direito é citada por intelectuais do porte de Jürgen Habermas e Richard Rorty.
Roberto Mangabeira Unger | |
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Nascimento | 24 de março de 1947 (77 anos) Rio de Janeiro (RJ) |
Residência | Cambridge (Massachusetts) |
Cidadania | Brasil |
Cônjuge | Tamara Lothian |
Alma mater | Harvard Law School |
Ocupação | advogado, filósofo, professor universitário, economista, político |
Prêmios | |
Empregador(a) | Universidade Harvard |
Escola/tradição | Filosofia ocidental |
Principais interesses | direito, economia, filosofia política, filosofia natural |
Página oficial | |
robertounger.com | |
No centro de sua filosofia está a visão de que a humanidade é maior que os contextos nos quais ela é colocada. Ele vê cada indivíduo possuidor da capacidade de ascender a uma vida melhor. Na raiz de seu pensamento social está a convicção de que o mundo é feito e imaginado. Seu trabalho parte da premissa de que nenhum arranjo social, político ou econômico natural é subjacente à atividade individual ou social. Direitos de propriedade, democracia liberal, trabalho assalariado - para Unger, todos são artefatos históricos que não têm relação necessária com os objetivos da atividade humana livre e próspera. Para Unger, o mercado, o estado e a organização social humana não devem ser estabelecidos em arranjos institucionais predeterminados, mas precisam ser deixados abertos à experimentação e revisão de acordo com o que funciona para o projeto de emancipação individual e coletiva. Fazer isso, ele afirma, permitirá a libertação humana.[3][4]
Unger postula duas concepções-chave: primeiro a infinitude do indivíduo e, em segundo lugar, a singularidade do mundo e a realidade do tempo. A premissa por trás do infinito do indivíduo é que nós existimos dentro dos contextos sociais, mas somos mais do que os papéis que esses contextos podem definir para nós - podemos superá-los. Nos termos de Unger, estamos tanto "ligados ao contexto e transcendendo o contexto", como "o espírito corporificado"; como "o infinito aprisionado dentro do finito". Para Unger, não há estado natural do indivíduo e seu ser social. Pelo contrário, somos infinitos em espírito e desvinculados do que podemos nos tornar. Como tal, nenhuma instituição ou convenção social pode nos conter. Embora as instituições existam e moldem nossos ser e nossas interações, podemos mudar sua estrutura a as extensões que nos aprisionam.[5]