Triagem
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Triagem é o processo pelo qual se determina a prioridade do tratamento de pacientes com base na gravidade do seu estado. Este processo raciona eficientemente os cuidados quando os recursos são insuficientes para tratar todos os pacientes de imediato. O termo tem origem no francês trier, que significa separar ou seleccionar.[1] Existem dois tipos de triagem: simples e avançada.[2] A triagem pode ter como objectivo determinar a ordem e prioridade dos cuidados de emergência, a ordem e prioridade do transporte de emergência ou ainda o destino do transporte do paciente.
A triagem pode também ser usada para pacientes que dão entrada nos serviços de urgência ou em sistemas telefónicos de aconselhamento médico, entre outros.[3] Este artigo cobre o conceito de triagem aplicado nas emergências médicas, incluindo os cuidados pré-hospitalares, desastres e durante o tratamento nos departamentos de urgência.
A triagem teve origem na I Guerra Mundial por parte dos médicos franceses que prestavam cuidados de emergência nos hospitais de campanha perto das frentes de batalha. Muito se deve ao trabalho de Dominique Jean Larrey durante as Guerras Napoleónicas. Até muito recentemente, a triagem, quer fosse realizada por um paramédico ou outrem, era frequentemente baseada na intuição, em vez de responder por uma avaliação criteriosa e sistemática.[4] Os responsáveis pela remoção dos feridos de um campo de batalha ou pelos cuidados médicos dividiam as vítimas em três categorias:
- Aqueles com probabilidade de viver, independentemente do tratamento recebido;
- Aqueles com probabilidade de morrer, independentemente do tratamento recebido;
- Aqueles para quem a atenção médica imediata poderá ter influência no prognóstico.[5]
Este modelo simplista pode ainda ser aplicado hoje em inúmeras situações de urgência, sobretudo quando apenas existem um ou dois paramédicos para vinte ou mais pacientes. Contudo, uma vez disponíveis os recursos materiais e humanos, os paramédicos optam pelo modelo de triagem adoptado pela sua unidade de saúde.
A abordagem moderna é mais científica. O prognóstico categorização da vítima é frequentemente o resultado de avaliações fisiológicas. Alguns modelos de triagem, como o START, fazem uso de dados, podendo até ser calculados com a ajuda de algoritmos. À medida que os conceitos de triagem se tornam mais sofisticados, a sua gestão é cada vez mais auxiliada pelo aparecimento de software e hardware para uso tanto no hospital como no terreno.[6]