Voluntários da Fé
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Os Voluntários da Fé (em árabe: الغزاة المجاهدين; romaniz.: al-ghuzāt al-mujāhidīn, literalmente 'guerreiros da jiade') era uma instituição militar do Reino Nacérida de Granada, composta por soldados recrutados de zenetas berberes que foram exilados do Império Merínida do Magrebe Ocidental (atual Marrocos), para defender o reino contra os reinos cristãos da Península Ibérica.[1][2]
Muitos deles se voluntariaram porque viam a defesa dos muçulmanos como seu dever religioso.[3] Embora os voluntários norte-africanos apareçam na Península Ibérica já no século XI sob o termo guzate,[1][4] o recrutamento foi expandido durante os últimos anos de Maomé I (r. 1238–1273), e foram institucionalizados e expandidos por seu filho Maomé II (r. 1273–1302). Com o tempo, os voluntários eclipsaram as tropas indígenas de Granada e se tornaram sua principal força militar, chegando a 10 000 no final do governo de Maomé II.[5] Seu líder, o xeique alguzate, ocupava uma posição influente na política do reino, assim como comandantes regionais dos guzates nomeados nas principais cidades como Guadix, Ronda e Málaga.[4][a]