Força Itália
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Força Itália (em italiano: Forza Italia, FI) é um partido político de centro-direita.[1], que provém do antigo O Povo da Liberdade (PdL), renascimento da extinta Forza Italia (FI), ativo de 1994 a 2009. A sua ideologia inclui elementos de conservadorismo liberal,[2][3] democracia cristã,[2][4] liberalismo[5][6] e populismo.[7][8][9] A FI integra o Partido Popular Europeu[10] Silvio Berlusconi (antigo primeiro-ministro italiano nos períodos 1994–1995, 2001–2006, e 2008–2011) foi líder e presidente do partido até à sua morte em 2023, enquanto Antonio Tajani (ex-presidente do Parlamento Europeu, 2017–2019) era vice-presidente e coordenador nacional. Outro membro de destaque é Elisabetta Casellati (ex-presidente do Senado, 2018–2022).
Força Itália Forza Italia | |
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Líder | Vacante |
Fundação | 1994 (original) 2013 (refundação) |
Sede | Roma, Itália |
Ideologia | Democracia cristã Conservadorismo liberal Liberalismo económico Populismo de direita |
Espectro político | Centro-direita |
Sucessor | O Povo da Liberdade (2008-2013) |
Afiliação europeia | Partido Popular Europeu |
Grupo no Parlamento Europeu | Grupo do Partido Popular Europeu |
Camera dei Deputati | 0000000000000054 54 / 630 |
Senado | 0000000000000042 42 / 315 |
Parlamento Europeu | 0000000000000007 7 / 73 |
Parlamentos Regionais | 0000000000000085 85 / 917 |
Presidentes Regionais | 0000000000000001 1 / 20 |
Cores | Azul e Branco |
O partido foi fundado, originalmente, em 1994, por Berlusconi, após os escândalos do Tagentopoli que arrasaram os velhos partidos tradicionais, como a Democracia Cristã e o Partido Socialista Italiano.[1]. A Força Itália foi vista, desde da sua fundação, como o sucessor indirecto dos velhos partidos da I República, pela sua linha europeísta, liberal, democrata-cristã e anti-comunista, além de ter sido extremamente crítica do processo que arrasou com os partidos tradicionais[1]. O partido rapidamente se tornou um dos grandes partidos do novo panorama político italiano, muito graças à forte influência de Berlusconi sobre diferentes meios de comunicação social e, também, graças à forte linha populista e personalista seguida por Berlusconi[1]. Em 2008, a FI juntava-se à Aliança Nacional e outros pequenos partidos de centro-direita para formar O Povo da Liberdade, mas, em 2013, Berlusconi decidiu refundar a Força Itália como partido independente[1], embora sem o sucesso da década de 1990[11]
Ideologicamente, desde a sua fundação em 1994, o partido seguiu uma linha liberal, conservadora liberal e democrata-cristã.[1][10], mas, ao contrário da década de 1990, o partido, actualmente, é um forte crítico da União Europeia, seguindo uma linha eurocéptica[12]. Recentemente, o partido voltou-se a reafirmar-se como defensor da Integração europeia, com Berlusconi a reatar relações com a chanceler alemã, Angela Merkel, e afirmando-se como europeísta e crítico do populismo[13]. O maior exemplo deste novo alinhamento europeísta da FI foi a eleição de Antonio Tajani, membro do partido, como presidente do Parlamento Europeu[14]. A Força Itália também se realinhou como um partido claramente conservador, ao defender que o casamento é apenas entre um homem e uma mulher e afirmar que a Itália deve proteger a sua identidade cristã[15][16]