Marxismo é um método de análise socioeconômica sobre as relações de classe e conflito social, que utiliza uma interpretação materialista do desenvolvimento histórico e uma visão dialética de transformação social. A metodologia marxista utiliza inquéritos econômicos e sociopolíticos que se aplicam à crítica e análise do desenvolvimento do capitalismo e o papel das lutas de classes na mudança econômica sistêmica. Na segunda metade do século XIX, os princípios intelectuais do marxismo foram inspirados por dois filósofos alemães: Karl Marx e Friedrich Engels. Análises e metodologias marxistas influenciaram várias ideologias políticas e movimentos sociais. O marxismo engloba uma teoria econômica, uma teoria sociológica, um método filosófico e uma visão revolucionária de mudança social.
A análise marxista tem sido aplicada a diversos temas e tem sido mal interpretada e modificada durante o curso de seu desenvolvimento, resultando em numerosas e às vezes contraditórias teorias que caem sob a rubrica de "marxismo" ou "análise marxista". O marxismo baseia-se em um entendimento materialista do desenvolvimento da sociedade, tendo como ponto de partida as atividades econômicas necessárias para satisfazer as necessidades materiais da sociedade humana. A forma de organização econômica ou modo de produção é compreendida como a origem, ou pelo menos uma influência direta, da maioria dos outros fenômenos sociais — incluindo as relações sociais, sistemas políticos e jurídicos, moralidade e ideologia. Assim, o sistema econômico e as relações sociais são chamadas de infraestrutura e superestrutura. À medida que as forças produtivas (principalmente a tecnologia) melhoraram, as formas existentes de organização social tornam-se ineficientes e asfixiam o progresso. Estas ineficiências se manifestam como contradições sociais na forma da luta de classes.
Ao longo de sua existência, a Internacional ajudou o desenvolvimento do movimento operário europeu, apoiando greves, sindicatos e sociedades de resistência,[1] além de ter declarado oposição à Guerra Franco-Prussiana e ter prestado apoio à Comuna de Paris, da qual muitos de seus membros participaram. A organização também declarou apoio à União na Guerra de Secessão e ao movimento feniano na Irlanda. A Internacional realizou, entre 1866 e 1872, cinco congressos gerais, onde foram discutidas questões de interesse da classe trabalhadora como as condições de trabalho do proletariado da época, as relações de trabalho, a função e importância dos sindicatos, a coletivização da terra e dos meios de produção, entre outras. Nesses congressos, foram aprovadas diversas resoluções, como a promoção da solidariedade e colaboração entre os operários de toda a Europa em suas lutas, a promoção do trabalho cooperativo, a redução da jornada de trabalho para oito horas e melhores condições de trabalho, sobretudo para mulheres e crianças. É estimado que em seu período de maior afirmação, entre 1870 e 1872, o número de adesões à Internacional tenha superado os 150 mil membros.
A Internacional originalmente funcionava sobre uma base federativa, na qual era concedida grande autonomia às federações e seções locais. A organização era dirigida por um Conselho Geral, que tinha Karl Marx como um de seus dirigentes. O Conselho Geral era composto por membros de diversos países e constituía um órgão de síntese política das diversas tendências internas da organização, e além do tratamento de assuntos internos, como questões financeiras e correspondência, funcionava como uma agência internacional entre os diferentes grupos nacionais e locais da associação, para manter os operários de um país constantemente informados dos movimentos da sua classe em todos os outros países, também intervindo em eventuais conflitos internos. O Conselho Geral também discutia questões a serem abordadas nos congressos gerais e se ocupava da elaboração dos documentos da Internacional.
A organização dividiu-se em 1872, após a realização do congresso de Haia, que estabeleceu a conquista do poder político como uma meta a ser alcançada pelo movimento operário e conferiu poderes mais amplos ao Conselho Geral, que expulsou Bakunin e seus seguidores da organização, que então formaram a Internacional de Saint-Imier, que reuniu além dos anarquistas, todos os demais opositores da linha política do Conselho Geral. Após a cisão, o Conselho Geral foi transferido para Nova Iorque e a organização foi dissolvida em 1876, em uma conferência de delegados na Filadélfia, enquanto a Internacional de Saint-Imier realizou seu último congresso em 1877, em Verviers.
Foi coautor de diversas obras com Marx, sendo que a mais conhecida é o Manifesto Comunista. Também ajudou a publicar, após a morte de Marx, os dois últimos volumes de O Capital, principal obra de seu amigo e colaborador. Engels também organizou as notas de Marx em Teorias sobre a Mais-Valia, que depois foram publicadas como o "quarto volume" de O Capital.
Grande companheiro de Karl Marx, escreveu livros de profunda análise social. Entre dezembro de 1847 a janeiro de 1848, junto com Marx, escreve o Manifesto do Partido Comunista, onde faz uma breve apresentação de uma nova concepção de história, afirmando que:
“
A história da humanidade é a história das lutas de classes.
”
Engels morreu em Londres, em 5 de agosto de 1895, aos 74 anos de idade e após a cremação suas cinzas foram atiradas ao mar em Beachy Head, Eastbourne.